Para aquelas perguntas tortas...

Se queres saber,eu já até pensei em mudar.Fazer desse meu jeito inusitado e um tanto desenfreado,um exemplo de delicadeza.
Mas isso comigo não dá certo.
Eu sei que em algum ponto do caminho eu tropeçaria em mim mesma e teria que voltar atrás.
Foi até engraçado ouvir de um amigo que eu não tenho vergonha de nada.
Veja só!Logo eu que me envergonho de tantas coisas...
Acho que deve ser pela minha falta de tato.
Se eu quero,eu quero agora,se eu amo,eu quero que me amem de volta agora.
Acho que é isso que supreende as pessoas.
O que eu quero,eu falo na cara.Eu até sei ser meiga,sei ser sutil,mas não gosto de agir assim.Eu julgo indigno.
Afinal,como já dizia Cazuza "Pra que usar de tanta educação.Pra destilar terceiras intenções?"
Acho que de boneca em mim alem da aparência só me resta um coração fragil,mas cheio de esperança,que não se permite ser infeliz.
Afinal,ficar sentada se sentindo infeliz não vai resolver nada.
Mas não pense que eu não sei as consequências de ser como eu sou menino.Eu sei que só deixo duas alternativas as pessoas:me amar,ou sair correndo.

Fragmentos.

Eu sei fazer pose de má,sei ser boazinha tambem.Sei rejeitar,sei aceitar rejeição.Sei brincar de agora ou nunca,e sei jogar a sério.
Eu tambem sei a hora de parar,mas as vezes eu continuo,afinal sempre existe a chance de eu tropeçar em algo maravilhoso...
Eu sei fazer cena,sei sonhar acordada,e nos meus sonhos os meus tropeços sempre me levam a um final feliz.

"É tudo real nas minhas mentiras.

Eu te imagino,eu te conserto,eu faço a cena que eu quiser." 

                                                           [Só pro meu prazer - Leoni]


Afinal,eu sei fazer de tudo um pouco,as vezes tudo de uma vez.
Em algumas coisas eu me saiu melhor do que em outras.Mas eu só sou péssima em uma:
Esperar.
Na hora de esperar eu me viro do avesso,me reviro dentro de mim,enquanto vejo o desenrolar das coisas como uma espectadora possessa,louca por um final feliz ou uma morte rápida.
Esse é o meu ponto fraco.
Eu o julgo bastante nobre até.
Afinal quem nunca chegou perto de enlouquecer por conta das simplórias batidas do relógio?